domingo, novembro 01, 2015

Epitáfio

Acabo de escolher meu epitáfio. Na vez de orações  quero que "rezem" isso em voz alta. Primeiro em inglês, depois em português.  Quero que em inglês  seja lido por um homem um que me conheça e em português  por uma mulher.

In My Life

There are places I remember all my life
Though some have changed
Some forever, not for better
Some have gone and some remain

All these places had their moments
With lovers and friends I still can recall
Some are dead, and some are living
In my life, I've loved them all

But of all these friends and lovers
There is no one compares with you
And these memories lose their meaning
When I think of love as something new

Though I know I'll never lose affection
For people and things that went before
I know I'll often stop and think about them
In my life, I'll love you more

Though I know I'll never lose affection
For people and things that went before
I know I'll often stop and think about them
In my life, I'll love you more
In my life, I'll love you more
Em Minha Vida

Há lugares dos quais vou me lembrar, por toda a minha vida
Embora alguns tenham mudado
Alguns para sempre, não para melhor
Alguns já nem existem, e outros permanecem

Todos esses lugares tiveram seus momentos
Com amores e amigos dos quais ainda posso me lembrar
Alguns estão mortos, e outros ainda vivem
Em minha vida, eu amei todos eles

Mas de todos esses amigos e amores
Não há ninguém que se compare a você
E essas memórias perdem o sentido
Quando eu penso em amor como uma coisa nova

Embora eu saiba que nunca vou perder o afeto
Por pessoas e coisas que vieram antes
Eu sei que, com frequência, eu vou parar e pensar nelas
Em minha vida, eu amo mais você

Embora eu saiba que nunca vou perder o afeto
Por pessoas e coisas que vieram antes
Eu sei que, com frequência, eu vou parar e pensar nelas
Em minha vida, eu amo mais você
Em minha vida, eu amo mais você

quinta-feira, outubro 22, 2015

Dores

Os três fatores que não  controlamos para Freud: o que o homem faz ao outro homem, o mal que a natureza faz o homem e o do meio, o mais importante é aquele que eu não consigo me lembrar. Ah, o envelhecer. Não tenho controle sobre o mal que algum ser humano possa causar em mim, não tenho controle sobre o envelhecimento do meu corpo, não  tenho controle sobre a força que os fenômenos naturais possam ter sobre mim.

segunda-feira, outubro 19, 2015

Ah Layla

https://youtu.be/ICpxgxThG7s

E aí numa noite de primavera com fake de verão  você  descobre esse vídeo e um monte de feras, de homens que me fizeram chorar desde que me reconheço  como gente, cantando e gritando Layla. Ah Layla, por que?

domingo, outubro 18, 2015

Só sei que foi assim

No dia 18 de outubro de 1947 meus pais se casaram grávidos da minha irmã mais velha.  Há exatos 68 anos, direto do túnel do tempo. E certamente porque eles permaneceram casados nos 17 anos seguintes e mais a vida toda, eu estou aqui.  Numa noite fria de inverno, em agosto de um ano qualquer, quando o sexo entre eles já não era muita novidade, começaram a se beijar e o resto da pra imaginar. Cientificamente aconteceu um boom energético, de um ato mecânico,  em condições  ideais de temperatura e pressão. Num balanço  químico e fisiológico, começou  a minha história,  mesmo antes que alguém soubesse. Eu existia e crescia sem que nem mesmo o corpo que me carregava soubesse, aliás  acho que tomaram conhecimento da minha existência bem tardiamente. Legal isso, existir sem que ninguém saiba.

Vermelho

Às vezes eu só quero descansar
Desacreditar no espelho
Ver o sol se pôr vermelho

Acho graça
Que isso sempre foi assim
Mas você me chama pro mundo
E me faz sair do fundo de onde eu tô de novo

Nada sei dessa tarde
Se você não vem
Sigo o sol na cidade
Pra te procurar

Eu bem sei onde tudo vai parar
Já não tenho medo do mundo
Sou filho da eternidade

Trago nesses pés o vento
Pra te carregar daqui
Mas você sorri desse jeito
E eu que já perdi a hora e o lugar
Aceito.

Nada sei nessa tarde
Se você não vem
Sigo o sol na cidade
A te procurar

Nada de meu nesse lugar
A cidade vai pensar
Que nada aconteceu em vão
Você vai me ligar então mais uma vez

By Marcelo Camelo in Vermelho.

terça-feira, setembro 01, 2015

So lonely, solange, só!

Eu não posso fazer nada. A culpa é das estrelas. Elas fizeram o reencontro, elas me envolveram nos braços ouvindo poesia, elas se entrelaçaram nas minhas mãos, beberam em mim, me fizeram sentir seu coração  pulando no meu peito e nós dois um. Eu não consigo entender, não  posso fazer nada.  Eu agora aqui sem nada. Eu não posso resolver isso, não é  justo, não é coerente.

segunda-feira, agosto 31, 2015

Pode ser?

Je ne te aíme pás. Je juste avoir des relations sexuelles avec passion rapidement si le temps le permet.

Ausências

Roubartilhar outro post com o Benedetti do saudaderadio não é falta de imaginação, nem pecado, nem crime, é bom gosto mesmo.

Radio Saudade: Ausencias: Las cosas que nos faltan, cuántas cosas. Las que quedaron en el camino o nunca accedieron a él. Quien más, quien menos, todos llevamos una ...

domingo, agosto 30, 2015

Radio Saudade: Óleo de mujer con sombrero

Radio Saudade: Óleo de mujer con sombrero: Una mujer se ha perdido conocer el delirio y el polvo, se ha perdido esta bella locura, su breve cintura debajo de mí. Se ha ...

Meu Esquema

O "esquema" era de um "Mundo Livre" pro sábado.  Na mesma viagem de ter desejado ser a musa (música) do George pra Something,  fui seca pra ouvir "Meu Esquema". Eu sei que o Fred  04 também não escreveu pensando em mim, mas eu viajo no que eu quero, ninguém  tem nada com isso.  E me lembro de quando eu era tudo isso pra quem não era tão bom compositor assim.  Sambei,  embolei,  "frevi" , "trashei" e lavei a alma. Curtição total.

Meu Esquema
Mundo Livre S/A
 
Ela é meu treino de futebol
Ela é meu domingão de sol
Ela é meu esquema

Ela é meu concerto de rock'roll
Nação, minha torcida gritando gol
Minha Ipanema

Ela é meu curso de anatomia
Ela é meu retiro espiritual
Ela é minha história

Ela é meu desfile internacional
Ela é meu bloco de carnaval
Minha evolução...

Galega
Tento descrever o que é estar com você

Princesa
Todos vão saber que eu estou muito bem com você

Ela é minha ilha da Fantasia
A mais avançada das terapias
Meu Playcenter

Ela é minha pista alucinada
A mais concorrida das baladas
Meu inferninho

Ela é meu esporte radical
Poderosa, viciante, mas não faz mal
Meu docinho

Ela é o que meu médico receitou
Rivaldo Maravilha mandando um gol
Minha chapação...

Galega
Nem dá pra dizer o que é estar com você

Princesa
Todo mundo vê que eu sou mais...

sábado, agosto 29, 2015

Diário de uma sessão.

Aquela que antes sentava a beira do caminho esperando a interminável  fila de álibis para fazer um movimento não existe mais - cresceu. Não estamos mais na idade dos jogos. Reajo firmemente como na  lógica maffesoliana ao imperial determinismo isolacionista do "ou" e valorizo o "e". No game, no shame, no way. Não há meio termo, ser inteiro.

domingo, agosto 23, 2015

Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos
termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento
desumano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo,
além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na
forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência
religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença
religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar
para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a
cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística,
científica e de comunicação, independentemente de censura ou
licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso
de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante
o dia, por determinação judicial;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses
e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal
ou instrução processual penal;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
estabelecer;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado
o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de
paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar,
permanecer ou dele sair com seus bens;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em
locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde
que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o
mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade
competente;
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada
a de caráter paramilitar;
Etc.

E por ai vai este importante capitulo da Constituição Brasileira. Seria otimo que a educacao  de direitos humanos  estivesse  na escola, nas aulas de história ou especificamente.  A Intolerância  precisa ser tratada socialmente. As crianças precisam saber disso, a academia precisa educar como premissa e só depois formar para o trabalho. Esta escrito,  foi combinado e o combinado não sai caro.  Os direitos e o desenvolvimento  humanos tem que ser para todos.

Encontros e despedidas

A fase de colheita acabou. Um pedaço do amor, a quem as distâncias não interessam, volta pra longe. A primavera chegará  sem a menor dúvida, é o argumento, é  quase  uma oração. Sobreviveremos ao processo de saudade? Isso significa: nos encontraremos todos novamente? Esperamos que sim. Talvez  o meu discurso seja outro, o vocabulário  do  pequenino  maior, as experiências expandidas e esclarecedoras. Meu grande desejo é ver isso amadurecer. Os anos passarão em centímetros para alguns  e em rugas para outros. Até  o mais breve possível.  E que o amor , esse desinteressado por barreiras físicas,  esse que move o mundo, não nos esqueça  jamais.

There is a light that never goes out

segunda-feira, agosto 17, 2015

Fernando Pessoa escreveu

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

domingo, agosto 09, 2015

Nouvelle Vague - Dance With Me

Os anjos não tem gênero.

Se eu soubesse contar um conto

Em 2004, o Nelson me deu um livro que diante dos tumultos dos meses vindouros ficou esquecido num canto qualquer da estante. Caberia aqui a metonímia do Chico, mas não é do Neruda é  do Garcia Marquez. Ontem, mais no clima de Olhos nos Olhos, o livro coube direitinho no meu banco de jardim, no solzinho depois do almoço. Enfim, achei no Como Contar um Conto, o Ladrão de Sábado.  Queria tanto escrever bem assim. Como era de se esperar virei Ana, me apaixonei por Hugo e não  vejo a hora de chegar o próximo final de semana.  Acho que ler no sol faz mal.