terça-feira, janeiro 29, 2008

A ARTE DE TER AMIGOS

Pessoas poucas, mas imensamente queridas, que lêem o meu tão humilde blog!
Repararam na "head" nova dele? Vejam que trabalho maravilhoso! Eu não sou ninguém, mas como já disse no post anterior, tenho uma sorte danada. Cara, todos os meus amigos são demais. Ter artistas como amigos é tudo pra você se dar bem na vida, no sentido mais bonito da palavra. Tenho os que escrevem, os que pintam, os que representam, os que filmam e tenho esse aí, o criador dessa "head":
Maurício Planel Rossiello.

Com muito esforço consegui convencê-lo de que precisava fazer uma propaganda da nossa amizade de anos e do trabalho premiadíssimo dele. Adjetivação liberada, estou falando de um grande amigo.

Conheci o Mau em 1983, um amigo valioso, sensível, que a gente quer sempre saber como está, quer encontrar pra jogar conversa fora, ou fofocar pelo msn. Maurício Planel é ilustrador ou collagista, como queiram. Um artista incomum que trabalha com imagens e textos de uma forma minimalista e intensa. Vocês podem sacar o trabalho dele visitando o blog El Collage . É só clicar nos meus imperdíveis aí do lado.

Ele preparou duas cabeças pro meu blog. Escolhi a da cadeira, mas a outra vou postar aqui pra que não se perca, porque é igualmente maravilhosa. Quem dera meus posts fossem dignos de tão belo trabalho!

segunda-feira, janeiro 28, 2008

So, so, la, la noch Mohla

Why do you come here?
and why
why do you hang around
I´m so sorry
I´m so...
why do you come here
when you know it makes things hard for me
when you know
oh why do you come

why do you telephone
and why send me sinonim

I'm so sorry
I'm so sorry
why do you come here
when you know it makes things hard for me
when you know
oh why do you come

had to sneak in to my room just to read my diary
it was just to see
just to see
all the things you knew
I've written about you
oh so many illustrations of it???

I' m so very sick and
I' m so sickend now
it was too late too late

domingo, janeiro 13, 2008

Beethoven, Bach, a música e o amor.


Num fim de semana calmo (?) e cheio de emoções ao mesmo tempo assisti a dois filmes muitos intensos.

"O Segredo de Beethoven" é de 2006 e quem faz o papel do mestre da música é Ed Harris, difícil imaginar o artista encarnado nesse personagem. Comentei isso com a Fernanda antes de ver o filme e depois tive a mesma opinião do Charlie. Impossível e impressionante a atuação.

Eu esperava ver a história toda do compositor, ver a casa de Bonn que visitei em 2005. Não, o filme trata da fase final em Viena, da entrada de Ana Holtz na vida de Ludwig, da composição da Nona Sinfonia e da peça feita para um quarteto de cordas, sua última obra.

Intrigante, intenso, as vezes desesperador, "O Segredo de Beethoven" apresenta uma das cenas mais sensuais que já vi no cinema. Os dois personagens chegam a um torpor quase sexual. Anna guia as mãos do maestro para a apresentação da sua última sinfonia, já que ele pode sentir e ler a música mas não pode ouvir o ritmo da orquestra que o acompanha. As mãos dos dois se movem no ritmo das suas almas e da paixão pela música.

:}

"Saraband" é Bergman, 2003, o último dele. Um filme feito pra TV e continuidade de "Cenas de um Casamento", do início dos anos 70. Eu não vi o filme mas li o roteiro como "Cenas de um Casamento Sueco".

Em "Saraband" os mesmos personagens Marianne (Liv Ullman) e Johan (Erland Josephson) se reencontram 30 anos depois. A intensidade deles e ainda do filho e da neta de Johan é quase uma redundância, já que se trata de Ingmar Bergman.

O filme é dirigido por um cineasta com mais de 80 anos e cheio de vigor. Ao assistir o making of fiquei ainda mais impressionada com o humor, a lucidez, a delicadeza e a energia de um Bergman que senta e levanta do chão sem ajuda, para mostrar à Karin, neta do personagem de Josephson, de 19 anos, como se posicionar em cena.

Se ler o roteiro de "Cenas de um Casamento Sueco" me fez refletir que sociedade era aquela que nos anos 70 questionava a hipocrisia das relações e respeitava o individuo como um ser independente, em Saraband vi a sociedade sueca que se conhece, com pessoas longevas e ativas. Mesmo Josephson com 84 anos tem um vigor inabalável ao representar, apesar dos visíveis sintomas do Mal de Parkinson, e Liv Ullman continua linda em cima dos seus mais de 60 anos.

Minha curiosidade foi saber o que significa Saraband e ao longo do filme descubro que são suítes para violoncelo compostas para duplas, por Bach. A trilha é belíssima e o amor está em toda parte. Bergman dedica o filme a sua mulher Ingrid e certamente e como sempre a Liv, sua ex-mulher, que dá um show de interpretação.