segunda-feira, dezembro 15, 2014

Intocáveis

Hoje na TV aberta passa Intocáveis, o filme francês que me indicaram em 2012, que passou no Festival Varilux e que eu assisti tempos depois. C'est magnifique mesmo! Não me interessa a bem cuidada trilha sonora, a sensibilidade do tema e até uma certa autenticidade de roteiro, mesmo e apesar do cliché "baseado em fatos reais". Hoje o bom mesmo seria uma conversa daquelas com quem me indicou o filme. "Sem noticias suas me desespero..." ja dizia Appolinaire. Saudades.

segunda-feira, novembro 17, 2014

Socorro

Socorro
Não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir

Socorro
Alguma alma, mesmo que penada
Me empreste suas penas
Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada

Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena, qualquer coisa!

Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva

Alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento
Acostamento, encruzilhada
Socorro! Eu já não sinto nada

Socorro
Não estou sentindo nada (nada, nada)
Nem medo, nem calor, nem fogo
Nem vontade de chorar
Nem de rir

Socorro
Alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Eu Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada

Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena, qualquer coisa!

Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva

domingo, novembro 16, 2014

Dance with me

Esse filme é do Godard, de 1964. Com a trilha do Nouvelle Vague ficou perfeita e a gravação é dos anos 90. Dá vontade de sair dançando, não dá?

Vai passar...

"Vai passar, tu sabes que vai passar.
Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe?
O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez."

Caio Fernando Abreu

Bode

Domingo chuvoso. Final de ano chegando. Saudade demais dá nisso.
Vontade de fazer o Atlântico a nado.


Meu coração tropical está coberto de neve,
mas ferve em seu cofre gelado,
a voz vibra e a mão escreve mar
bendita lâmina grave que fere a parede e traz
as febres loucas e breves que mancham o silêncio e o cais.

Roseirais, nova Granada de Espanha,
por você eu, teu corsário preso,
vou partir a geleira azul da solidão e buscar a mão do mar
me arrastar até o mar, procurar o mar.

Mesmo que eu mande em garrafas mensagens por todo o mar
meu coração tropical partirá esse gelo e irá
como as garrafas de náufrago e as rosas partindo o ar
nova Granada de Espanha e as rosas partindo o ar.

Vou partir a geleira azul da solidão e buscar a mão do mar
me arrastar até o mar, procurar o mar.

Mesmo que eu mande em garrafas mensagens por todo o mar
meu coração tropical partirá esse gelo e irá
como as garrafas de náufrago e as rosas partindo o ar
nova Granada de Espanha e as rosas partindo o ar.

Mesmo que eu mande em garrafas mensagens por todo o mar
meu coração tropical partirá esse gelo e irá.

It´s a heartache

Desde o dia que resolvi tirar de perto o que me inquietava, meu estomago dói e isso sempre foi raro. Não tenho mais paciência pro meu corpo falar e reagir tanto ao que acontece na minha alma. Mesmo rindo muito de mim é dureza essa somatização - às vezes nem sei o porquê. Paro, reflito e descubro algum sapo mal engolido, alguma angústia, alguma ansiedade que passou por perto nos dias que antecedem os males físicos. Ele dói agora, acho que foi porque um vento passou perto de mim e nem bagunçou meu cabelo. A propósito esse post é tão cafona quanto a Bonnie Tyler, mas até que ela tinha razão feeling like a claw.

Interestelar canoa furada

Inventar programa pra um sábado de noite chuvosa, fria, você num estilo Jane depois da gripe, pode ser muito arriscado. Para encontrar um lugar quentinho, confortável, seguro e alguma diversão a resposta é rápida: minha cama. Não, não foi assim. Entrei na conversa convincente da Maria Rachel e começou uma interminável discussão qual o filme iríamos assistir. As opções de uma cidade que já teve 10 cinemas e hoje tem 4 míseras salas com cheiro de mofo não eram as melhores. Ah, não ! Cinemão americano hoje não! "Poxa, mas o adorocinema disse que é ótimo, a crítica do Janot tá super positiva, um monte de gente viu e adorou" e aí, ok, você venceu: Interestelar. Pra uma fã de Guerra nas Estrelas e de Perdidos no Espaço, não seria nada demais, mas foi. O filme é mega pretensioso. O elenco é das estrelas: Matt Damon, Michael Caine, Anne Hathaway e o bonitão que está na moda em Hollywood, sempre esqueço o nome dele. Aliás um capítulo a parte pra ele - está na moda porque deve ter sido caçado a dedo pelos EUA, ele é a cara do Paul Newman, igual, idêntico. Voltando ao filme, a minha primeira risada foi quando uma das personagens cita Poltergeist. A produção começa falando de fantasmas, passa por fome e falta de água. Eles tentam de todo jeito chegar aos pés de 2001 do Kubrick, mas não conseguem mesmo! Até uma música orquestrada pretende comparação. Não acontece. Sabe maquete de feira de ciências? Pois foi isso que vi nos efeitos especiais. O roteiro previsível demais. Não deu pra saber se todas as questões da física eram sérias ou não, mas quando começou um papo de física quântica misturada com pensamento positivo, eu morri e sorri. Três horas esperando aquilo acabar. Pra não terminar tão mal, adorei os anéis de Saturno, boa maquete.
Na imagem uma Feira de Ciências Infantil.

sábado, novembro 15, 2014

Da cor do meu cabelo

Beleza é fundamental, mas é extremamente relativa. Belo pra mim pode não ser pra você e ainda bem que é assim. Abaixo a ditadura da beleza.
Não digo isso pra mim, já passei um pouco da fase, mas para as jovenzinhas ou as que se acham jovenzinhas e que sofrem a crueldade de ter que se encaixar em padrões impossíveis (e caros!) para agradar ou ser socialmente aceitáveis.É chato dizer isso, mas alguns homens são os responsáveis por essa corrida-helena-rubinstein. Homens gordos ou magros, horrorosos ou bonitões, de membros grandes ou pequenos, não importa: a maioria não se exige o mínimo de cuidado, mas da parceira ou da candidata um padrão perverso de "acabamento".
Enquanto isso, as essências de caráter sólido (é abrangente esse conceito e não se destina apenas à marginais), coração puro, honestidade e conteúdo são colocados em segundo plano. Nos anos 60 o soutien queimado, agora será preciso algum tipo de mobilização pra entender que de 50 a 100 mil genes dão resultados diferentes de bundas, narizes, e não se esqueçam: de "bilaus" também.



Vale a pena assistir. Abaixo os estereótipos - a aparência é apenas uma parte da nossa identidade. Muito sério, principalmente entre os adolescentes na era das redes sociais. Vamos beijar o espelho. ‪#‎kissthemirror‬

quarta-feira, novembro 12, 2014

Hoje tem Paul !!!!!

sábado, setembro 20, 2014

Acontecimentos...

Humilhação à mulher também cabe na Lei Maria da Penha.
O silêncio imuniza nossos amiguinhos, nossos namoradinhos, nossos ficantes, nossos casinhos, nossos maridinhos.
Não tenha raiva de homens, fale sobre eles.
Denuncie, mesmo que para as amigas, o que você foi capaz de ouvir.