quinta-feira, abril 21, 2022
Love is the answer
terça-feira, outubro 06, 2020
quarta-feira, novembro 20, 2019
quinta-feira, novembro 14, 2019
Oito anos sem Mamãe
segunda-feira, setembro 10, 2018
Linger
Acordei sentindo seus dedos e a sua mão nas minhas costas. Seu beijo carinhoso na minha testa. Rebobinei o sonho e vieram o diálogo e as cenas. Acordávamos juntos. Tinha show do Cranberries. Eu perguntava do "meu jeito" se você ia só. Você silenciava, como sempre fez ao discordar do meu tom. Eu provocava querendo uma reação. Tem coisas que sao difíceis de escrever ou de falar, muito mais fáceis de sentir e de viver. Eu repetia incessantemente que te amava. Você dizia acreditar mas não sabia se era possível. Você descrevia em gesto que apesar de sozinho, onde estava agora, quando o tom aumentava cada um seguia pra um canto. Eu dizia pra você ir e imediatamente contava o tempo, esses anos, e chorava sem conseguir explicar com palavras o meu amor e a impossibilidade de viver plenamente sem você. Você parecia certo da realidade e certo do que sentia. Você preferiu a realidade.
quarta-feira, agosto 15, 2018
Salve Linda Canção Sem Esperança
Entre notícias que li
Entre risadas fiquei
Na claridade esperei
Você não veio
Medo ou receio
Trajes bonitos, modernos
Um colorido convida
No afagar de outro humano
Eu sei bem sei fui traído
Mas tudo é beleza
Mas vale a franqueza
Eu comunico, não peço
Espero que neste universo
Alguém lhe queira como eu
Faço de mim o que posso
E de vocês qualquer troço
Pra resolver quando se enganam
Luiz Melodia
terça-feira, junho 12, 2018
Whenever you want "aka" Come back - Depeche Mode
Come back, come back to me
I'll be waiting here patiently
Come back, come back to me
I'll be waiting here patiently
I've been walking a thin white line
Between love and hate
I could use a little company
A little kindness could go a long way
Weeks turned into months
Months turned into years
Reaching the same conclusions
Gathering up fear
Come back, come back to me
I'll be waiting here patiently
Come back, come back to me
I'll be waiting here patiently
I've been walking a thin white line
Between love and hate
I could use a little company
A little kindness could go a long way
Weeks turned into months
Months turned into years
Reaching the same conclusions
Gathering up fear
Living the same delusion
Gathering up fear
Volte
Volte, volte para mim
Eu tenho esperado aqui pacientemente
Volte, volte para mim
Eu tenho esperado aqui pacientemente
Eu tenho andado em uma fina linha branca
Entre amor e ódio
Eu poderia ter um pouco de companhia
Um pouco de generosidade para ir adiante
Semanas viram meses
Meses viram anos
Chegando às mesmas conclusões
Recolhendo o medo
Volte, volte para mim
Eu tenho esperado aqui pacientemente
Volte, volte para mim
Eu tenho esperado aqui pacientemente
Eu tenho andado em uma fina linha branca
Entre amor e ódio
Eu poderia ter um pouco de companhia
Um pouco de generosidade para ir além
Semanas viram meses
Meses viram anos
Chegando às mesmas conclusões
Recolhendo o medo
Vivendo a mesma ilusão
Recolhendo o medo
terça-feira, maio 22, 2018
The Radio Dept - I Don't Like It Like This
"Words fail me all the time
I don’t even feel like talking
still I go on and on
I’m dying here and you keep walking
why are you asking me this?
can’t you see I’m trying?
I don’t like it like this
no I think I’m dying
I can’t calm down at all
panic is what panic feels like
can’t we just stay silent?
speaking now seems far too violent
why are you asking me this?
can’t you see I’m trying?
I don’t like it like this
no I think I’m dying"
terça-feira, maio 01, 2018
Amadurecer
Eu poderia estar agindo como sempre fui em tudo, agora. Potente, firme nos meus propósitos em relação a algo que sempre quis e continuo querendo muito. Determinada sim, mas pouco competitiva. Reservo-me a lutar apenas por aquilo que depende exclusivamente de mim.
O que é do homem o bicho não come.
sexta-feira, março 16, 2018
Petrópolis - 16 de março
segunda-feira, fevereiro 05, 2018
segunda-feira, janeiro 22, 2018
Black Mirror Ep2T01
No ensaio está a análise do episódio 2 da temporada 01 (Ep2T01), da série de TV inglesa, Black Mirror, chamado de Fifteen Million Merits (Quinze Milhões de Méritos), de dezembro de 2011, através de aspectos sociocognitivos presentes nas relações entre seus personagens e relacionados também ao ambiente em que estes indivíduos ficcionais estão inseridos. O estudo descreve o conteúdo de determinadas cenas do episódio 2 da temporada 01 (Ep2T01), uma metáfora de um futuro voltado apenas para o consumo. Emoções como a schadenfreude, o termo em alemão utilizado para definir o “prazer obtido através do sofrimento alheio”, e aspectos sociocognitivos como o preconceito e os estereótipos também estão relacionados no mapeamento desta obra audiovisual.
A sociedade moderna está movida por um homem cada vez mais ligado aos meios através dos quais se comunica. Como disse McLuhan (1969) em seu livro Os Meios de Comunicação Como Extensão do Homem: "Toda tecnologia gradualmente cria um ambiente humano totalmente novo. Os ambientes não são envolvidos passivos mas processos ativos". Na análise de McLuhan sobre os meios tecnológicos, era a TV que resignificava a vida do homem presente no terço final do século XX. Porém, a frase do autor permanece repleta de sentido atualmente, significando que a partir da interferência do consumo tecnológico e nos ambientes das redes digitais o comportamento individual e social pode ter a dinâmica alterada.
Tisserin (2015 p.77), cita Phillippe Quéau (1993), que propôs a definição de realidade virtual associando três características: imersão, interatividade e a possibilidade de encontrar realmente outras pessoas imersas no mesmo espaço. “Pode ser interessante lembrar que, diretamente ou a contrario, é sempre em relação ao grupo que se vai determinar a vida social.” Maffesoli (2000, p.111)
Black Mirror é uma série de TV britânica que mostra o lado obscuro da vida e da tecnologia. A série foi escrita pelo roteirista inglês Charlie Brooker e teve seus primeiros episódios lançados no ano de 2011. A cada episódio da série é apresentado ao público uma história e elenco diferentes, porém os temas dizem respeito todos eles à forma como os indivíduos vivem em uma sociedade consumista, tecnológica e conectados a todo momento através do “Espelho Negro”. Este “Espelho Negro” é nada mais nada menos que a tela de televisores, painéis de Led, computadores, tablets e celulares.
Por seu enfoque em temas sombrios, Black Mirror já foi comparada a The Twilight Zone (1959), que no Brasil recebeu o nome de Além da Imaginação. O roteirista Brooker surpreende em seu “Espelho Negro” e expõe a sociedade moderna a tons satíricos e hiperbólicos a respeito das consequências desastrosas relacionadas às atitudes e comportamentos sociais no consumo das novas tecnologias e num convívio distópico. Black Mirror é exibida no Brasil pelo site de filmes Netflix , está na temporada 3, lançada em outubro de 2016.
Neste ensaio buscaremos analisar os comportamentos dos personagens da série de TV Black Mirror, sob o aspecto dos processos da psicologia cognitiva, relacionados à schadenfreude, definido pelo dicionário Merriam-Webster como: “enjoyment obtained from the troubles of others”, ou seja, o prazer obtido através do sofrimento dos outros. O episódio em questão, Ep2T01, recebeu o nome de “Fifteen Million Merits” ou 15 Milhões de Méritos.
segunda-feira, dezembro 11, 2017
Agonia da segunda década.
Os lugares mais insólitos e pobres do Brasil também estão enfeitados para o Natal. Vejo os filmes de ficção científica, a parte ruim deles, virar realidade no "noticiário" compartilhado das redes sociais. Qual o deus ou diabo que inventou esse novo mundo? Chego a conclusão que deus e o diabo são o próprio homem fazendo a sua história sem ao menos perceber. Queria descobrir a partir de qual emoção em falta ou em excesso são provocadas por essas mudanças. Estará o homem em busca do que para criar essas novas lógicas? É um caos preciso, sempre ligado ao consumo, à economia. Nunca algo positivo. É uma maquiagem, uma construção de realidade e de felicidade sem precedentes e sem sentido, tudo cada vez mais estranho e complicado. Estamos correndo para que, de que e para onde?
segunda-feira, novembro 27, 2017
Linda criança
Uma adolescente reage à fase de transição,
Mas continha minha criança.
Linda criança que agora dorme, queria pegar-te no colo novamente,
Atender-te aos desejos mais básicos,
Afagar-te os cabelos tão lindos.
Querida criança que dorme ao som dos ritmos mais atuais,
Cheios de mensagend de conflito e inquietação.
Queria velar-te o sono e impedir a chegada dos monstros,
Dos vilões, dos ruídos do mundo adulto.
Fora o teu sorriso e teu olhar líquido-verde que me impulsionaram
A permanecer viva tempos atrás.
Hoje tu és um escuro recheio em uma pele alva,
Linda, de criança e de princesa.
Um sorriso calculado, uma fala selada e um abraço frígido.
Esquecestes de mim.
Eu choro e enrrubeço de medo e de raiva.
Queria te mostrar que o mundo é melhor do que isso que estás vivendo.
O sonho não pode terminar com prazeres efêmeros
É o que posso te dizer.
segunda-feira, novembro 06, 2017
King Crimson - Islands
With this history in the comments: I have a story with this music. I just arrived in my psychiatrist room with a Pink Floyd shirt. When he saw my shirt, he decided that I should meet King Crimson. He said "You'll listen to this music every moment that you feel sad, then you will fall in peace". That's exactly what happened. Since that day, King Crimson is my favorite band. It was 2 years ago. Thanks, Dr. Paulo.
domingo, novembro 05, 2017
A Canção do Suicida
Só mais um momento.
Que voltem sempre a cortar-me
a corda.
Há pouco estava tão preparado
e havia já um pouco de eternidade
nas minhas entranhas.
Estendem-me a colher,
esta colher de vida.
Não, quero e já não quero,
deixem-me vomitar sobre mim.
Sei que a vida é boa
e que o mundo é uma taça cheia,
mas a mim não me chega ao sangue,
a mim só me sobe à cabeça.
Aos outros alimenta-os, a mim põe-me doente;
compreendei que há quem a despreze.
Durante pelo menos mil anos
preciso agora fazer dieta.
Rainer Maria Rilke, in "O Livro das Imagens"
Tradução de Maria João Costa Pereira
terça-feira, outubro 10, 2017
Acontecimentos
Isso é uma bela canção da MPB. Incrível como uma música pode ter feito tanto sentido numa determinada época e agora não significar absolutamente nada. A roda é viva mesmo.
segunda-feira, outubro 09, 2017
O Amor
ela, que também gostava de bichos,
apareça
numa alameda do zôo,
sorridente,
tal como agora está
no retrato sobre a mesa.
Ela é tão bela,
que, por certo, hão de ressuscitá-la.
Vosso Trigésimo Século
ultrapassará o exame
de mil nadas,
que dilaceravam o coração.
Então,
de todo amor não terminado
seremos pagos
em inumeráveis noites de estrelas.
Ressuscita-me,
nem que seja só porque te esperava
como um poeta,
repelindo o absurdo quotidiano!
Ressuscita-me,
nem que seja só por isso!
Ressuscita-me!
Quero viver até o fim o que me cabe!
Para que o amor não seja mais escravo
de casamentos,
concupiscência,
salários.
Para que, maldizendo os leitos,
saltando dos coxins,
o amor se vá pelo universo inteiro.
Para que o dia,
que o sofrimento degrada,
não vos seja chorado, mendigado.
E que, ao primeiro apelo:
– Camaradas!
Atenta se volte a terra inteira.
Para viver
livre dos nichos das casas.
Para que doravante
a família seja
o pai,
pelo menos o Universo,
a mãe,
pelo menos a Terra.
Vladimir Maiakovski (1893-1930)
***********************
Talvez quem sabe um dia
Por uma alameda do zoológico
Ela também chegará
Ela que também amava os animais
Entrará sorridente assim como está
Na foto sobre a mesa
Ela é tão bonita
Ela é tão bonita que na certa eles a ressuscitarão
O século trinta vencerá
O coração destroçado já
Pelas mesquinharias
Agora vamos alcançar
Tudo o que não podemos amar na vida
Com o estelar das noites inumeráveis
Ressuscita-me ainda que mais não seja
Porque sou poeta
E ansiava o futuro
Ressuscita-me
Lutando contra as misérias do cotidiano
Ressuscita-me por isso
Ressuscita-me
Quero acabar de viver o que me cabe
Minha vida para que não mais existam amores servis
Ressuscita-me para que ninguém mais tenha de sacrificar-se
por uma casa, um buraco
Ressuscita-me
Para que a partir de hoje
A partir de hoje
A família se transforme
E o pai
Seja pelo menos o Universo
E a mãe
Seja no mínimo a Terra
A Terra
A Terra
(adaptação musicada por Caetano Veloso)
sábado, setembro 30, 2017
Florescer no deserto
Difícil florescer nesse chão árido que nos restou. O tempo vai nos afastar do sorriso, do olhar, do cheiro, dos beijos, dos abraços... O que é material será a cada dia mais esquecido e ficarão as sensações, os sentimentos, as emoções experimentadas juntas. O primeiro sorriso, a primeira palavrinha, o primeiro uniforme,a primeira viagem, o primeiro amor. Os dias das crianças, as Páscoas, os Natais, os cães, os concertos, as bonecas, o violino, o piano, a voz...
quarta-feira, setembro 27, 2017
domingo, setembro 10, 2017
Mal-estar na maternidade
"Bem-vindo à geração cem por cento, que acredita que pode e deve dar conta de tudo e de fazer escolhas que não impliquem perdas. Uma aluna comentou esse fenômeno sabiamente: "Escolha sua perda!". Sim, é disso que se trata.
Uma ínfima parcela da população pode se dar ao luxo de não ter que caçar seu mamute diariamente. Além disso, temos outras aspirações, que nos fazem mais do que caçadores, que nos fazem humanos.
Ainda assim, somos assombrados pela ideia de que nossos filhos serão traumatizados pela nossa ausência. Aqui funciona a lógica de que pai e mãe são oxigênio, de que qualquer outro adulto cuidando deles será fatal.
Trata-se de uma lógica capitalista do individualismo, do semelhante como ameaça e da entrada do especialista no lugar dos laços sociais.
Nossos filhos viverão em média 4 a 5 décadas mais do que nós -ou seja, os deixaremos órfãos, na melhor das hipóteses. Ausência fundamental que marca o sentido da parentalidade, pois acarreta criar sujeitos rumo à autonomia.
Portanto, devemos reconhecer que nossa participação em suas vidas só tem sentido se apontar para além de nós mesmos, para os laços sociais e o mundo.
Há, ainda, outras ausências, menos radicais do que a morte, com as quais devemos aprender a lidar. Ausentamo-nos trabalhando, amando outras pessoas, amando outras coisas e amando a nós mesmos. Para o bem da saúde mental de nossos filhos, temos outros interesses e outras fontes de prazer e realização, o que permitirá a eles tê-los também.
Ninguém merece ser tudo para um pai ou uma mãe. Por outro lado, nenhum adulto merece criar uma criança sem ajuda, sem respiro, tendo que gostar de brincar por obrigação.
Crianças devem conviver com vários adultos reais, limitados, sinceros, honestos e protetores, sejam familiares ou profissionais. E, preferencialmente, estar com outras crianças.
A tarefa parental é imensa e vitalícia. Será exercida por quem assumir essa responsabilidade radical, não cabendo aqui fazer diferença entre homens e mulheres, pais e mães. Quem tomar para si essa missão só poderá cumpri-la a partir de suas escolhas e consequentes perdas, sem fazer da parentalidade um poço de ressentimento e culpas, cuja conta quem paga são os filhos.
Então, façamos a lição de casa. O que realmente é possível para cada família específica, para além de um mundo fantasioso no qual os pais se dedicariam integralmente aos filhos como se isso fosse bom para as crianças?
Perguntemo-nos também o que é desejável para nós, pois a presença ressentida não passa desapercebida aos pequenos.
Ao deixá-los com outros, sejam familiares ou profissionais, cabe assumir essa escolha, não valendo controlar à distância avós, babás e professores, o que é enlouquecedor.
Enfim, escolha sua perda e aprenda a se ausentar. As novas gerações agradecem."
VERA IACONELLI, psicanalista, é diretora do Instituto Gerar. Escreveu o livro "Mal-estar na maternidade: do infanticidio à função materna" (Annablume, 2015)
Da hipocrisia e outras tragédias
Experimentei nesses dias as piores decepções. Gente que te chama de irmã, de melhor amiga, postando a tragédia que se abateu sobre você, como se estivesse compartilhando uma receita de bolo e como se não te conhecesse. Depois vem as condolências "meus sentimentos" acompanhados ou até posteriores à seguinte expressão: "nossa estou chocada ou chocado, mas o que aconteceu realmente?". Isso é quase dizer: por favor me conta, eu estou muito curiosa ou curioso. E ai quando a notícia cai na boca de quem não é próximo a você toma proporções inimagináveis. Chegam a rir da sua desgraça como se não fosse possível que ela acontecesse com ninguém mais, inclusive com quem ri. Fora isso, tempos depois, você descobre que pessoas, parentes e amigos, que estiveram nas celebrações da perda, enquanto te davam os pêsames comentavam com outros sobre a vida pessoal do morto e da familia dele.
Tem aqueles que não dizem nada mesmo. Seguem suas vidas hipócritas e pseudo felizes sorrindo pra você como se nada estivesse acontecendo. Estes também parecem descolados da realidade. Você numa dor que não passa nunca e a pessoa no velório ou na missa sorrindo como se naquela "festa" fosse o bobo da corte.
Eu achava que tinha muitos amigos, a partir de agora são mesmo muitos, muito poucos. Alguns somem. Eu entendo que estes amigos tem medo de tragédia como se fosse contagioso e nos dão a sensação que acreditam mesmo que a vida pode ser feita só de felicidade e que você é uma pessoa sem sorte - enganam-se. O que me consola sobre essa exposição da nossa dor, é que a expressão do nosso sofrimento e essa repercussão e espetacularização vivida por outras pessoas passou. Hoje faz 30 dias e logo, logo, será só nossa, de nós 2 ou 3 que realmente sentiremos até o nosso último suspiro.
Dizem que o luto passa por uma série de fases. Isso é verdade. Primeiro você nega, depois você se revolta contra o que é etéreo, depois você se desespera, depois você se deprime e depois você aceita a viver com essa dor. Eu estou na fase do desespero ainda, que às vezes se mistura com uma espécie de mantra do "eu não acredito".
terça-feira, maio 30, 2017
quinta-feira, maio 25, 2017
10cc - I m Not In Love - (With Subtitles in English)
Isso não quer dizer nada, não...É só uma fase boba e cafona pela qual eu estou passando.
quinta-feira, maio 18, 2017
Close to You - Carpenters with Lyrics
Só pra eu lembrar desses dias, mesmo que seja só uma pequena viagem...
quinta-feira, maio 11, 2017
quarta-feira, maio 03, 2017
Divina Comédia Humana — Belchior — Todos os Sentidos (1978)
No entanto, enquanto houver espaço, corpo, tempo e algum modo de dizer não, eu canto.
segunda-feira, abril 24, 2017
terça-feira, abril 18, 2017
segunda-feira, abril 17, 2017
Paul Weller - That's Entertainment (Feat Noel Gallagher)
Tão bonitinho isso, mas a plateia ouve como se fora música clássica, sem dar um pio porque é acústico, e só vibra no final.
domingo, abril 16, 2017
Aos Corintos e a mim.
1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8 O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
9 Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
10 Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
12 Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
terça-feira, abril 04, 2017
Radiohead - No Surprises
Bruises that won't heal
Bring down the government
They don't, they don't speak for us
A handshake of carbon monoxide
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises
My final bellyache with
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises, please
And such a pretty garden
No alarms and no surprises (let me out of here)
No alarms and no surprises, please (let me out of here)
domingo, abril 02, 2017
Somos corpos que caem
segunda-feira, fevereiro 13, 2017
sexta-feira, janeiro 27, 2017
Under The Milky Way
Olhem de novo esse ponto. É aqui, é a nossa casa, isso somos nós.
Nele, todos a quem ama, todos a quem conhece, qualquer um sobre
quem você ouviu falar, cada ser humano que já existiu, viveram as suas vidas.
O conjunto da nossa alegria e nosso sofrimento.
Milhares de religiões, ideologias e doutrinas econômicas,
cada criador e destruidor de civilização (...) viveu aí, num grão de pó suspenso
num raio de sol. As nossas posturas, a nossa suposta auto importância,
a ilusão de termos qualquer posição de privilégio
no Universo, são desafiadas por este pontinho de luz pálida.
O nosso planeta é um grão solitário na imensa escuridão cósmica
que nos cerca. Na nossa obscuridade, em toda esta vastidão,
não há indícios de que vá chegar ajuda de outro lugar
para nos salvar de nós próprios.
Carl Sagan
sábado, outubro 22, 2016
Desejo e Reparação
Quando era criança ouvia dizer que devolver um presente deixava o ingrato corcunda, e quando a pessoa nem aceita, o que acontece?
sábado, julho 30, 2016
O elefante
O poema é um espaço.
Cada palavra aqui é grande.
E esse tema ocupa muito.
Diz respeito a um mamífero gigante.
O leão parece o rei, mas quem é?
O elefante.
No Oriente é símbolo da boa sorte, sabedoria e poder.
No Ocidente representa o peso e a lentidão.
De quem não sabe o que fazer.
A memória é muito boa.
Lembra de tudo que aprende.
Chora de saudade e não morre de velho.
Seu triste destino esta traçado pela fome, ao perder os dentes.
domingo, novembro 01, 2015
Epitáfio
Acabo de escolher meu epitáfio. Na vez de orações quero que "rezem" isso em voz alta. Primeiro em inglês, depois em português. Quero que em inglês seja lido por um homem um que me conheça e em português por uma mulher.
In My Life
There are places I remember all my life
Though some have changed
Some forever, not for better
Some have gone and some remain
All these places had their moments
With lovers and friends I still can recall
Some are dead, and some are living
In my life, I've loved them all
But of all these friends and lovers
There is no one compares with you
And these memories lose their meaning
When I think of love as something new
Though I know I'll never lose affection
For people and things that went before
I know I'll often stop and think about them
In my life, I'll love you more
Though I know I'll never lose affection
For people and things that went before
I know I'll often stop and think about them
In my life, I'll love you more
In my life, I'll love you more
Em Minha Vida
Há lugares dos quais vou me lembrar, por toda a minha vida
Embora alguns tenham mudado
Alguns para sempre, não para melhor
Alguns já nem existem, e outros permanecem
Todos esses lugares tiveram seus momentos
Com amores e amigos dos quais ainda posso me lembrar
Alguns estão mortos, e outros ainda vivem
Em minha vida, eu amei todos eles
Mas de todos esses amigos e amores
Não há ninguém que se compare a você
E essas memórias perdem o sentido
Quando eu penso em amor como uma coisa nova
Embora eu saiba que nunca vou perder o afeto
Por pessoas e coisas que vieram antes
Eu sei que, com frequência, eu vou parar e pensar nelas
Em minha vida, eu amo mais você
Embora eu saiba que nunca vou perder o afeto
Por pessoas e coisas que vieram antes
Eu sei que, com frequência, eu vou parar e pensar nelas
Em minha vida, eu amo mais você
Em minha vida, eu amo mais você
quinta-feira, outubro 22, 2015
Dores
Os três fatores que não controlamos para Freud: o que o homem faz ao outro homem, o mal que a natureza faz o homem e o do meio, o mais importante é aquele que eu não consigo me lembrar. Ah, o envelhecer. Não tenho controle sobre o mal que algum ser humano possa causar em mim, não tenho controle sobre o envelhecimento do meu corpo, não tenho controle sobre a força que os fenômenos naturais possam ter sobre mim.
segunda-feira, outubro 19, 2015
Ah Layla
https://youtu.be/ICpxgxThG7s
E aí numa noite de primavera com fake de verão você descobre esse vídeo e um monte de feras, de homens que me fizeram chorar desde que me reconheço como gente, cantando e gritando Layla. Ah Layla, por que?
domingo, outubro 18, 2015
Só sei que foi assim
No dia 18 de outubro de 1947 meus pais se casaram grávidos da minha irmã mais velha. Há exatos 68 anos, direto do túnel do tempo. E certamente porque eles permaneceram casados nos 17 anos seguintes e mais a vida toda, eu estou aqui. Numa noite fria de inverno, em agosto de um ano qualquer, quando o sexo entre eles já não era muita novidade, começaram a se beijar e o resto da pra imaginar. Cientificamente aconteceu um boom energético, de um ato mecânico, em condições ideais de temperatura e pressão. Num balanço químico e fisiológico, começou a minha história, mesmo antes que alguém soubesse. Eu existia e crescia sem que nem mesmo o corpo que me carregava soubesse, aliás acho que tomaram conhecimento da minha existência bem tardiamente. Legal isso, existir sem que ninguém saiba.
Vermelho
Às vezes eu só quero descansar
Desacreditar no espelho
Ver o sol se pôr vermelho
Acho graça
Que isso sempre foi assim
Mas você me chama pro mundo
E me faz sair do fundo de onde eu tô de novo
Nada sei dessa tarde
Se você não vem
Sigo o sol na cidade
Pra te procurar
Eu bem sei onde tudo vai parar
Já não tenho medo do mundo
Sou filho da eternidade
Trago nesses pés o vento
Pra te carregar daqui
Mas você sorri desse jeito
E eu que já perdi a hora e o lugar
Aceito.
Nada sei nessa tarde
Se você não vem
Sigo o sol na cidade
A te procurar
Nada de meu nesse lugar
A cidade vai pensar
Que nada aconteceu em vão
Você vai me ligar então mais uma vez
By Marcelo Camelo in Vermelho.
terça-feira, setembro 01, 2015
So lonely, solange, só!
Eu não posso fazer nada. A culpa é das estrelas. Elas fizeram o reencontro, elas me envolveram nos braços ouvindo poesia, elas se entrelaçaram nas minhas mãos, beberam em mim, me fizeram sentir seu coração pulando no meu peito e nós dois um. Eu não consigo entender, não posso fazer nada. Eu agora aqui sem nada. Eu não posso resolver isso, não é justo, não é coerente.
segunda-feira, agosto 31, 2015
Pode ser?
Ausências
Radio Saudade: Ausencias: Las cosas que nos faltan, cuántas cosas. Las que quedaron en el camino o nunca accedieron a él. Quien más, quien menos, todos llevamos una ...
domingo, agosto 30, 2015
Radio Saudade: Óleo de mujer con sombrero
Meu Esquema
O "esquema" era de um "Mundo Livre" pro sábado. Na mesma viagem de ter desejado ser a musa (música) do George pra Something, fui seca pra ouvir "Meu Esquema". Eu sei que o Fred 04 também não escreveu pensando em mim, mas eu viajo no que eu quero, ninguém tem nada com isso. E me lembro de quando eu era tudo isso pra quem não era tão bom compositor assim. Sambei, embolei, "frevi" , "trashei" e lavei a alma. Curtição total.
Meu Esquema
Mundo Livre S/A
Ela é meu treino de futebol
Ela é meu domingão de sol
Ela é meu esquema
Ela é meu concerto de rock'roll
Nação, minha torcida gritando gol
Minha Ipanema
Ela é meu curso de anatomia
Ela é meu retiro espiritual
Ela é minha história
Ela é meu desfile internacional
Ela é meu bloco de carnaval
Minha evolução...
Galega
Tento descrever o que é estar com você
Princesa
Todos vão saber que eu estou muito bem com você
Ela é minha ilha da Fantasia
A mais avançada das terapias
Meu Playcenter
Ela é minha pista alucinada
A mais concorrida das baladas
Meu inferninho
Ela é meu esporte radical
Poderosa, viciante, mas não faz mal
Meu docinho
Ela é o que meu médico receitou
Rivaldo Maravilha mandando um gol
Minha chapação...
Galega
Nem dá pra dizer o que é estar com você
Princesa
Todo mundo vê que eu sou mais...
sábado, agosto 29, 2015
Diário de uma sessão.
Aquela que antes sentava a beira do caminho esperando a interminável fila de álibis para fazer um movimento não existe mais - cresceu. Não estamos mais na idade dos jogos. Reajo firmemente como na lógica maffesoliana ao imperial determinismo isolacionista do "ou" e valorizo o "e". No game, no shame, no way. Não há meio termo, ser inteiro.
domingo, agosto 23, 2015
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos
termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento
desumano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo,
além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na
forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência
religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença
religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar
para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a
cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística,
científica e de comunicação, independentemente de censura ou
licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso
de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante
o dia, por determinação judicial;
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses
e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal
ou instrução processual penal;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
estabelecer;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado
o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de
paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar,
permanecer ou dele sair com seus bens;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em
locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde
que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o
mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade
competente;
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada
a de caráter paramilitar;
Etc.
E por ai vai este importante capitulo da Constituição Brasileira. Seria otimo que a educacao de direitos humanos estivesse na escola, nas aulas de história ou especificamente. A Intolerância precisa ser tratada socialmente. As crianças precisam saber disso, a academia precisa educar como premissa e só depois formar para o trabalho. Esta escrito, foi combinado e o combinado não sai caro. Os direitos e o desenvolvimento humanos tem que ser para todos.
Encontros e despedidas
A fase de colheita acabou. Um pedaço do amor, a quem as distâncias não interessam, volta pra longe. A primavera chegará sem a menor dúvida, é o argumento, é quase uma oração. Sobreviveremos ao processo de saudade? Isso significa: nos encontraremos todos novamente? Esperamos que sim. Talvez o meu discurso seja outro, o vocabulário do pequenino maior, as experiências expandidas e esclarecedoras. Meu grande desejo é ver isso amadurecer. Os anos passarão em centímetros para alguns e em rugas para outros. Até o mais breve possível. E que o amor , esse desinteressado por barreiras físicas, esse que move o mundo, não nos esqueça jamais.
segunda-feira, agosto 17, 2015
Fernando Pessoa escreveu
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)
domingo, agosto 09, 2015
Se eu soubesse contar um conto
Em 2004, o Nelson me deu um livro que diante dos tumultos dos meses vindouros ficou esquecido num canto qualquer da estante. Caberia aqui a metonímia do Chico, mas não é do Neruda é do Garcia Marquez. Ontem, mais no clima de Olhos nos Olhos, o livro coube direitinho no meu banco de jardim, no solzinho depois do almoço. Enfim, achei no Como Contar um Conto, o Ladrão de Sábado. Queria tanto escrever bem assim. Como era de se esperar virei Ana, me apaixonei por Hugo e não vejo a hora de chegar o próximo final de semana. Acho que ler no sol faz mal.
quarta-feira, agosto 05, 2015
segunda-feira, dezembro 15, 2014
Intocáveis
Hoje na TV aberta passa Intocáveis, o filme francês que me indicaram em 2012, que passou no Festival Varilux e que eu assisti tempos depois. C'est magnifique mesmo! Não me interessa a bem cuidada trilha sonora, a sensibilidade do tema e até uma certa autenticidade de roteiro, mesmo e apesar do cliché "baseado em fatos reais". Hoje o bom mesmo seria uma conversa daquelas com quem me indicou o filme. "Sem noticias suas me desespero..." ja dizia Appolinaire. Saudades.
segunda-feira, novembro 17, 2014
Socorro
Não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir
Socorro
Alguma alma, mesmo que penada
Me empreste suas penas
Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada
Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena, qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento
Acostamento, encruzilhada
Socorro! Eu já não sinto nada
Socorro
Não estou sentindo nada (nada, nada)
Nem medo, nem calor, nem fogo
Nem vontade de chorar
Nem de rir
Socorro
Alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Eu Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada
Socorro, alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena, qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
domingo, novembro 16, 2014
Dance with me
Vai passar...
Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe?
O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez."
Caio Fernando Abreu
Bode
Vontade de fazer o Atlântico a nado.
Meu coração tropical está coberto de neve,
mas ferve em seu cofre gelado,
a voz vibra e a mão escreve mar
bendita lâmina grave que fere a parede e traz
as febres loucas e breves que mancham o silêncio e o cais.
Roseirais, nova Granada de Espanha,
por você eu, teu corsário preso,
vou partir a geleira azul da solidão e buscar a mão do mar
me arrastar até o mar, procurar o mar.
Mesmo que eu mande em garrafas mensagens por todo o mar
meu coração tropical partirá esse gelo e irá
como as garrafas de náufrago e as rosas partindo o ar
nova Granada de Espanha e as rosas partindo o ar.
Vou partir a geleira azul da solidão e buscar a mão do mar
me arrastar até o mar, procurar o mar.
Mesmo que eu mande em garrafas mensagens por todo o mar
meu coração tropical partirá esse gelo e irá
como as garrafas de náufrago e as rosas partindo o ar
nova Granada de Espanha e as rosas partindo o ar.
Mesmo que eu mande em garrafas mensagens por todo o mar
meu coração tropical partirá esse gelo e irá.
It´s a heartache
Interestelar canoa furada
sábado, novembro 15, 2014
Não digo isso pra mim, já passei um pouco da fase, mas para as jovenzinhas ou as que se acham jovenzinhas e que sofrem a crueldade de ter que se encaixar em padrões impossíveis (e caros!) para agradar ou ser socialmente aceitáveis.É chato dizer isso, mas alguns homens são os responsáveis por essa corrida-helena-rubinstein. Homens gordos ou magros, horrorosos ou bonitões, de membros grandes ou pequenos, não importa: a maioria não se exige o mínimo de cuidado, mas da parceira ou da candidata um padrão perverso de "acabamento".
Enquanto isso, as essências de caráter sólido (é abrangente esse conceito e não se destina apenas à marginais), coração puro, honestidade e conteúdo são colocados em segundo plano. Nos anos 60 o soutien queimado, agora será preciso algum tipo de mobilização pra entender que de 50 a 100 mil genes dão resultados diferentes de bundas, narizes, e não se esqueçam: de "bilaus" também.
Vale a pena assistir. Abaixo os estereótipos - a aparência é apenas uma parte da nossa identidade. Muito sério, principalmente entre os adolescentes na era das redes sociais. Vamos beijar o espelho. #kissthemirror
quarta-feira, novembro 12, 2014
sábado, setembro 20, 2014
Acontecimentos...
O silêncio imuniza nossos amiguinhos, nossos namoradinhos, nossos ficantes, nossos casinhos, nossos maridinhos.
Não tenha raiva de homens, fale sobre eles.
Denuncie, mesmo que para as amigas, o que você foi capaz de ouvir.
quarta-feira, março 27, 2013
The Beatles Please Please Me Full Album (2009 Stereo Remaster)
domingo, março 24, 2013
Nothing here
Bem me quer mal me quer
Eu nunca gostei muito do Vinícius de Morais. Não compreendia aquela história de "posto que é chama" e por aí vai, tinha a impressão de que ele tratava o amor como algo efêmero demais. Tenho mudado de opinião, gosto disso, gosto de quem muda de opinião. Então, acordei hoje e me deparei com esse poema dele. Resolvi guardar aqui nesse canto.
Te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.
sábado, julho 30, 2011
Azul e cinza misturados
Hoje o céu está azul. Estranho dizer isso, mas há uma estatistica da tonalidade cinza considerável por aqui. Nada se compara a essa névoa matutina misturada ao verde e a esse azul do céu. Sair do centro de Petrópolis para Itaipava atravessando Araras traz uma cena difícil de descrever em poucas palavras. A estrada corta uma paisagem cravada de montanhas, pedras e caminhos que parecem desenhados para mim. Tenho a nítida sensação que são curvas criadas com o objetivo principal de distrair aqueles que se emocionam com a natureza. Essa estética brinca comigo e briga com o desejo de não perder tempo. É hora de ansiedade pra viver, calma pra entender e vontade de voltar, tudo paradoxalmente misturado.
sábado, novembro 13, 2010
quarta-feira, agosto 11, 2010
domingo, maio 23, 2010
20
04
Feature films
Palme d'Or
FAHRENHEIT 9/11 (FAHRENHEIT 911) directed by Michael MOORE
Grand Prix
OLD BOY directed by PARK Chan-Wook
Award for Best Director
Tony GATLIF for EXILS
Award for Best Screenplay
Agnès JAOUI for COMME UNE IMAGE (LOOK AT ME), Jean-Pierre BACRI for COMME UNE IMAGE (LOOK AT ME)
Award for Best Actress
Maggie CHEUNG in CLEAN directed by Olivier ASSAYAS
Award for Best Actor
YAGIRA Yuuya in DAREMO SHIRANAI (NOBODY KNOWS) directed by KORE-EDA Hirokazu
Jury Prize
SUD PRALAD directed by Apichatpong WEERASETHAKUL
THE LADYKILLERS directed by Irma P. HALL
Vulcain Prize for an artist technician, awarded by the C.S.T.
CLEAN directed by Eric GAUTIER
DIARIOS DE MOTOCICLETA (THE MOTORCYCLE DIARIES) directed by Eric GAUTIER
19
94
Feature films
Palme d'Or
PULP FICTION directed by Quentin TARANTINO
Award for Best Director
Nanni MORETTI for CARO DIARIO
Award for Best Screenplay
Michel BLANC for GROSSE FATIGUE
Award for Best Actress
Virna LISI in LA REINE MARGOT directed by Patrice CHEREAU
Award for Best Actor
GE You in HUOZHE directed by YIMOU Zhang
Jury Prize
LA REINE MARGOT directed by Patrice CHEREAU
Grand Prix of the C.S.T.
GROSSE FATIGUE directed by Michel BLANC
International Critic's Prize by the F.I.P.R.E.S.C.I.
EXOTICA directed by Atom EGOYAN
Jury's Grand Prix Ex-aequo
OUTOMLIONNYE SOLNTSEM directed by Nikita MIKHALKOV
HUOZHE directed by YIMOU Zhang
terça-feira, março 23, 2010
Quadrilha
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
(Carlos Drummond de Andrade)
E ...todos estão perdidos!
sábado, fevereiro 06, 2010
quarta-feira, janeiro 13, 2010
Pros que estão em casa
Essa, meu amigo, é pra você está em casa, sentado confortavelmente na sua cadeira, em frente a sua máquina. A máquina pode ser a preferida pra um momento assim: você chegou do trabalho, tomou um banho nesse calor infernal que está fazendo no Hemisfério Sul, está no ar condicionado, em roupas confortáveis e navegando pra se distrair depois de uma dia cheio. Ah, mas no trabalho você nem conseguiu ler as principais notícias de hoje, já saiu atrasado, nem pegou o jornal, o seu móvel e o fixo da sua mesa tocaram incessantemente, você nem almoçou hoje. Pois, então! Acho que é hora de você procurar pelo noticiário aqui, saber se o El Niño tá perdendo força, se a lei dos direitos humanos nacional saiu daquela forma mesmo que disseram ontem, se a Hebe já deu alguma declaração sobre a câncer. Afinal, a tragédia de Angra já passou e você nunca tinha visto tantas fotos de neve nos jornais. Pobre de você amigo, todo esse conforto paradisíaco que eu descrevi, toda a cena que eu descrevi como você sendo o principal personagem, cai por terra. As notícias não são nada boas, e não foi mais uma crise econômica, não! Foi a natureza de novo, meu caro. Foi a natureza que não sabe medir quantas pessoas têm em cima. "Lavoisiermente" falando Ela, a mãe, se transformou, se moveu, se deslocou. Não importam as crianças, os jovens, os velhos, não importam os exércitos de paz. A natureza precisou se mexer, estava escrito, é mecânico, é falha mecânica na máquina cansada. A terra está cansada! Pois é, tenho certeza que você se ajeitou na sua cadeira confortável e pensou: acho que o mundo vai acabar. Olhe em volta, então. Eu mesma aqui estou com uma lâmpada acessa, um máquina potente ligada, dois telefones e um circulador de ar. Meus avós a essa hora estavam dormindo e meus pais talvez já apagando as luzes quando tinham a minha idade. Do quarto pra fora, mais centenas de kilowatts de minha responsabilidade estão sendo gastos, e aí pense nos seus, nos dos seus vizinhos, dos meus vizinhos... Eu não tive a mesma sorte que você hoje na hora do almoço, eu fui almoçar em frente a uma TV e almocei chorando... Chorando pelo pobre Haiti, chorando pelas crianças do Haiti, lembrando que o Caetano cantou que o Haiti é aqui.
sábado, novembro 07, 2009
I´m back!
Boys and girls, eis-me aqui again. Foi um tempo dificil, duras penas, galinhas enormes, milhares de hectares de abacaxi e pepino. O que importa é que a colheita será proveitosa. vou tentar ser justa e dizer que entre todas essas questões, o blog ainda é o mais divertido, porém abandonado. Vou cutucar vocês, como diz o Facebook e fazer com que os que estão mudos soltem a voz novamente! No mais o calor(=inferno) chegou! POuca roupa e muita disposição, desde que a temperatura possa ser monitorada com o controle remoto.
Beijos